Autor:  Águia Real  



― Bom-dia,
alguém no telefone
É a gerente do banco
pergunta como estou
e me informa:  
sua conta estourou
Comecei meu dia assim,
isso não me conforma
Estava quieto no meu canto,
na minha cama quentinha
roncando... dormindo...
sonhando com você...
com seu encanto...
E vem aquela "zinha"
acordo num pesadelo,
me levanto...




 

 

 

 

 

 

Sobre a pia, um espelho
olho atento, dou um grito:
Onde está o meu cabelo?
Eu os tinha!... Mas a vida,
seus problemas... eu aflito,
eles se foram... caíram...
Minha vida passando,
alegrias e tristezas,
sucessos e desencantos
amores e desprezos,
insucessos...
Tudo presenciaram...
muitos sucumbiram...
poucos agüentariam...
Olho minha cabeça branca,
revejo a vida
e os cabelos que restam...
Outrora eram castanhos,
não embranqueceram à toa
Para cada fio, uma história escondida
uma vivência...
Um desespero parecendo um fio,
Um fio de esperança,
de que as coisas melhorem
e que, um dia,
aconteça o que eu sempre quis:
Simplesmente... ser feliz!



ÁGUIA REAL
Ave de realeza, da qual nem sei o nome
Voa, amigo, para o horizonte infinito,
onde Deus-Luz, não deixa sombras em teu ser
Voa, amigo, mesmo pisando forte o chão
Voa sempre, nas asas da oração,
única forma de voar extasiado...
Voa, na busca da solução
Busca também o amor,
pois só ele aquecerá
teu sofrido coração...

Com muito carinho, 
Maria Jose Zanini Tauil




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