Fundo desencanto

Tumba cavada pelo pranto

Que  vertia

No meu dia-a-dia

Se à tarde nasci

Na aurora, morri

Fiz mal a mim mesmo

Mas Deus entendeu

Deus redimiu!

 

Não fiz a chuva

Que me molha

Nem mato a flor

Que cansada, se desfolha

Deus, a essência

Que sempre transparece

E que tudo vê

Acredita ainda

Que haja ternura

Pelo mundo afora

 

Meus ais acham eco na lira

E sofrimentos, ecos no poema

Não passo nessa vida

De gotícula perdida

Na torrente de incertezas

O amor ágape de Deus me seduz

Não temo leigos nem sábios

Porque o céu não me nega Jesus!

 

Pena que Deus

É morto no teu seio

Em vão busco que creias

Em tudo que com fervor

Com gratidão... eu creio!...

 

 

Midi: Vida

Pe. Fábio de Melo

 


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