Estava bem quietinho, num sono profundo. A noite estava gelada. Acordei com um barulho...voz de homem...voz de mulher. Não são os meus donos. Quem será a essa hora? Está tão escuro! Não dá para ver nada!... Ufa! Por fim, se aquietaram.

Ei! Apague essa luz! Que é isso! Essa claridade fere meus olhos bovinos! Apaguem! Apaguem! Burro, acorda! Acorda! Acho que algum ET invadiu nosso espaço!

Meus olhos se acostumaram... essa luz vem do céu. Será que o sol perdeu o sono e resolveu aparecer antes da hora?

Veja burro! Uma bela mulher dando à luz a uma criança! É um menino! Ela sorri...não sentiu as dores do parto! Veja como beija a criança! Céus!!! Ele sorri para ela! Esse mundo está perdido! As criancinhas nasciam de olhos fechados! O pai está ajeitando o feno na manjedoura, a mulher coloca um pano... deposita ali o bebê.

Como é lindo, o menino! Que olhar terno e luminoso! Vamos, burro. Quero vê-lo mais de pertinho. Vamos aquecê-lo com o nosso bafo! Ele é a criança mais linda que vi nessa vida de mamífero ruminante a serviço do homem. Veja! Todos os animais contemplam a cena embevecidos. Eu estava meio receoso de chegar aqui perto e os pais se assustarem, no entanto, a mulher sorri para mim e o homem acaricia a minha orelha.

Quantas pessoas estão chegando! Ele vêm seguindo a luz. Quantos pastores e que encantamento em seus olhares!

Sabe, burro, um pastor estava dizendo para o outro que essa criança é o filho de Deus, aquele citado pelos profetas.Agora entendi o porquê de tanta luz. Veja a manjedoura como brilha! Parece de ouro! Tudo por aqui, que era tão feio e sujo, resplandesce!

Ali, na frente do estábulo, há um enorme pinheiro. É uma árvore interessante. Passa o ano inteirinho com os galhos bem verdinhos. Apesar de alto, suas folhas são caídas, quase encostam no chão. Se dobram para enxergar o tronco. Parece a simbologia do que estamos assistindo. O pinheiro é verdinho sempre como o amor de Deus, que em nenhuma época esmorece. Deus deixa o céu em busca do homem, porque se importa com ele. Assim como as folhas que se dobram para estarem mais próximas do tronco, Deus se faz pequeno e humilde pela humanidade.

Quantos dias vivemos em estado de graça junto a essa santa família! Quantos vêm, inclusive três reis! Veja! Eles adoraram o menino e trouxeram presentes. Jamais imaginei, meu amigo burro, que nessa vida de servilismo, eu pudesse me sentir assim, tão feliz. A felicidade está no ar, no vento, no frio, na neve, no calor que emana da divina presença do filho de Deus.

Hoje eles se vão... nunca mais olharemos esse lugar como antes. Enquanto estiver vivo, meus olhos haverão de contemplar esse cenário que aqui se fez. Sempre lembrarei desse santo rostinho...e por termos testemunhado , nós também seremos lembrados por toda a humanidade todas as vezes em que festejarem o aniversário do pequeno–grande-rei.



Midi: Natal das Criancas
Arranjo de Geraldo Magela


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