A tristeza triste
Disfarça-se em ondas
Esparramando os cabelos no litoral
Desfazendo o dia
Um soluço repercute nos confins invisíveis
No interior dos caramujos
A maresia ecoa sua última saudade
Maresia chamando
Maria
Maria

Ancorou a dor que sentia
Aportando lento
Em terra ficando fria
Na deserta concavidade da costa do mar
Ancorou para chorar
Num pequeno cais
Uma lágrima
Uma ausência
Um desacontecimento
O lutuoso remendo da noite
Sua tenuíssima rede sem peixe
O bravo peito sem Maria

O vento sem brandura
Levou a calmaria
Abandonou miragens e estrelas

Como vinho sem doçura
Como em roça desbotada
Geme a terra de amargura

Assim ficou João
Assim chorou
Quando perdeu Maria

Sou professor de línguas e literatura.
Escritor, poeta e contista.
Moro em Belém do Pará.
Livro publicado: DIZERUDITO - poemas
Amo escrever. Sou um militante da justiça e da paz.
Nossa única dívida é para com os
pobres irmãos que sofrem.
Nossa única dívida é a fraternidade.

 

Edmir Carvalho Bezerra






Poeta dos bons, de incríveis
construções metafóricas.
Conheci-o comentando minha poesia no site
USINA DE LETRAS.
Depois, descobri que não era um simples leitor.
O rio de inspiração e talento transborda nesse
paraense, de Belém. Hoje sou eu a leitora.
Obrigada, querido amigo,
pela homenagem do poema.
 

 

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