As rampas da escola normal...
Quantas vezes as subi?
Quantas vezes as desci?
E a  estátua de Davi,
sempre com uma flor
em lugar estratégico?
E as estátuas de mulheres nuas
do Liceu de Artes ?
E as paredes envidraçadas
de onde olhávamos
os bonitos rapazes que passavam,
artistas que iam à Rádio Globo,
na rua Irineu Marinho?
E os tarados que se acotovelavam
no muro, bem em frente à vidraça,
para se deliciarem com pernas,
que subiam e desciam
os quatro andares de rampas?
Mãos frenéticas que se agitavam,
alisando membros desnudos...
de mendigos e homens bem vestidos,
que paravam para ver pernas,
que subiam e desciam
aquelas rampas...
Não interessavam rostos...
Interessavam as pernas,
que eram objetos do prazer,
da masturbação,
do amor solitário e louco
de homens sérios
e de vagabundos...
 


(Estudei na ENJK de 67 a 69, quando funcionava no prédio
do Liceu de Artes e Ofícios, na Praça Onze, Centro do Rio.
Quem estudou lá, entenderá melhor
o meu poema. Mande-me um e-mail se você é da mesma época.)
.

mjtauil@terra.com.br


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