Permita que um pouco

Eu recline a cabeça

No teu regaço, irmã

Enxuga, se puderes

O pranto incontido

Pelas tantas lembranças

Soterradas no tempo

Que não voltará

 

A dor virou saudade

Porque tudo acaba

Tudo se gasta...

Como os passos na areia

Apagados pelo mar

 

Mas no livro da alma

Esculpido está, querida

O teu sorriso de outrora

Tão cheio de amor...

Tão repleto de vida!

 

 

 

 

 

 

Há dois anos, escrevi esse poema para minha prima,

cheia de limitações por causa de aneurisma cerebral,

operado há 9 anos..

Em 27 de junho de 2012, o Senhor libertou-a.

O baú das boas lembranças transborda.

A saudade me acompanhará sempre,

mas é muito bom saber que ela foi

acolhida por Deus e está em paz.

Obrigada, Senhor!

 

CENIRA ZANINI BERNARDO

18/08/1938

27/06/2012

 

 

 

 

Midi: Segura na mão de Deus

 

 


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