Há na alma de todo o poeta, o desejo de partilhar tudo o que expressa, todos os sentimentos que têm suas nascentes na alma e desembocam no papel...e aqui estou,nessa difícil-feliz missão de prefaciar o livro dessa grande amiga, que chegou de mansinho à minha vida, abrindo-me as portas do seu site, que divulgava escritores e poetas emergentes. O site acabou, mas Rosimeire Leal da Motta se faz presente na minha lista de amigos mais queridos, deixou seu nome gravado, para sempre, no meu coração e na minha vida.

Rosimeire reparte-se, generosamente, nessa obra: na prosa despretenciosa, cujo objetivo maior é a homenagem ao pai, Pedro Sabino da Mota,  e na sua poética bonita, que mostra um coração belo, de onde fluem bons sentimentos e um extremo amor a Deus.

Na primeira  parte de Vôo da Alma, narra a vida do pai, que aos 93 anos de idade, numa invejável lucidez, detalha sua saga familiar, numa grande diversidade de cenários, um verdadeiro painel social humano e seus valores, culturais e morais. A aquisição de conhecimentos de fatos interessantes, rolam pelo corpo do texto, advindos da experiência de vida de seu Pedro. Cada fato é detalhado pela autora com dados pesquisados, portanto, corretos. Um relato interessantíssimo, que começa no interior da Bahia, depois Minas Gerais e, por fim, o Estado do Espírito Santo, onde vivem até hoje.

Rosimeire fala de seu avô, da vida abastada de fazendeiro, do cangaço, do coronelismo, da rotina da fazenda, a culturado café e, posteriormente, outras culturas, a posse de terras, os três casamentos e os filhos de Pedro Sabino, dos quais, ela faz parte da última união.Sempre intercala nos relatos, versículos bíblicos, relacionados com os fatos.

A segunda parte do livro é de poesias, seu estilo literário mais forte. Ela é toda coração, a pulsar amor e poesia. Escreve bonito porque a paisagem que se descortina de sua alma é belíssima. É introspectiva e intimista. Seus versos são construídos sobre imagens metafóricas, comparações, símbolos, uma devassa no interior dessa moça tímida e romântica.Seu perfil fica bem visível no que escreve. Cada leitor pode encontrar-se no que constitui seu universo lírico, onde se evidencia o profundo amor pela família.

Expressa com muita ternura o amor-saudade,  à mãe Maria do Carmo:"Mãe, buquê de flores, alma feminina" e ao irmão Robson: "Mas quando meus olhos pousam em seu retrato é especialmente pra mim que ele sorri".

Há definições singulares que enternecem o leitor:"Um rio perdido escorre da face...a solidão é isto!"..."O ser humano é uma ilha rodeado por um grande número de pessoas por todos os lados".

Seu mundo interior é sempre perscrutado: "Não sei ainda quem sou, minha sombra na parede prefere ocultar toda a verdade"..."Sou o contorno de um ser, um enigma feminino"..."meu maior inimigo sou eu mesma".

Há toda uma observação psicológica do seu eu lírico, um entrelaçamento do lirismo com o realismo de seu mundo interior. Numa trilha filosófica, também enfatiza a angústia diante da vida e da liberdade, como o pássaro que ganha a liberdade dos ares, mas retorna ao cativeiro, porque sempre viveu assim.

Querida Rosimeire, sua poesia é perfume para a alma. Seus versos são delicadeza, suavidade, pétalas de rosa...são o seu retrato.

Que o leitor embarque com prazer nessa viagem, conhecendo as origens de Pedro Sabino e o lirismo dessa maravilhosa poeta.

Essa é Rosimeire Leal da Mota...o privilégio em prefaciá -la é meu.

MARIA JOSÉ ZANINI TAUIL
professora, poeta e escritora



 

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